quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Jornal Folha Dirigida

Por trás do medo da Matemática, pode estar a Língua Portuguesa

Números e mais números. Cálculos, fórmulas. Gráficos. Elementos que costumam tirar o sono da maioria das pessoas. 

      Para os alunos que têm dificuldade, afirma Marilda Fagundes, é importante que despertem o interesse pela disciplina de Matemática o quanto antes, para que derrubem barreiras e tenham mais facilidade de desenvolver e reconhecer o tipo de abordagem da linguagem em situações de problemas. "E pra quem tem dificuldade na interpretação do enunciados, é importante ler com bastante atenção aquilo que está sendo dito. Se for necessário, ler mais de uma vez, retirando as partes mais importantes e anotando-as", explica, destacando ainda a importância de ter atenção ao uso de negativas (que invertem o sentido das afirmações) ou de termos absolutos, como 'sempre' ou 'nunca'.
     As razões para tantas dificuldades de interpretação nas questões de exatas têm sua origem ainda nos primeiros anos da vida escolar. "Nossas escolas deveriam trabalhar conceitos matemáticos na prática, aliados à simbologia própria que cada termo possui. Uma sociedade onde crianças e jovens recebem tudo muito pronto acaba gerando alunos ansiosos e impacientes, com baixa capacidade de analisar e resolver problemas na vida, e também nas provas. Falta o hábito de destacar as principais ideias e selecionar os dados. Eles querem logo começar a desenvolver o algoritmo, sem antes pensar qual operação caberia na resolução correta. Saber o que fazer, qual operação realizar, é uma das maiores dificuldades encontradas hoje nas escolas", avalia, apontando uma deficiência que pode persistir por toda a vida.
     E, se os números não mentem, e a Língua Portuguesa pode enganar, fica uma dica final da especialista - para depois que você seguir a orientação de ler, reler, destacar os termos e dados principais. "Analise o resultado encontrado, relendo mais uma vez a pergunta inicial. Essa também é uma ótima ferramenta, pois muitos resultados errados são reconhecidos quando o aluno compara a pergunta com o número encontrado como solução. Se não fizer sentido, for algo absurdo, é provável que o pedido da banca tenha sido compreendido de fora errada".

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